O apelo partiu do líder oposicionista Alexei Navalny, que pede um boicote às próximas presidenciais.
A detenção de Alexei Navanly não desmobilizou os milhares de russos que se juntaram em vários pontos do país para apelar ao boicote às eleições presidenciais de 18 de março, em que Vladimir Putin é dado como vencedor à partida.
Fora Moscovo, a maior concentração aconteceu em São Petersburgo, onde se juntaram cerca de 1500 pessoas, mesmo se a manifestação não foi autorizada pelas autoridades e os participantes corriam risco de ser detidos pela polícia.
Outro ajuntamento aconteceu em Omsk, na Sibéria. Os manifestantes empunharam balões da campanha de Navalny, obrigado a desistir da corrida à presidência: "Estes tempos sombrios não vão durar para sempre. Ninguém vai dizer às pessoas o que ver, o que ouvir, em quem votar", disse o jornalista Alexandre Nabatov. Outra manifestante acrescenta: "Temos de saír deste pântano, precisamos de ar fresco e mudança".
Em Moscovo, as manifestações juntaram cerca de 4000 pessoas. Ao todo, houve protestos em cerca de 120 cidades.
Em Ecaterimburgo, nos Urais, os dez graus negativos que se faziam sentir não impediram cerca de mil pessoas de sair à rua em apoio a Navalny: "Vamos fazer uma greve e uma grande campanha para baixar a participação nas eleições e explicar às pessoas que estão a ser enganadas", disse o diretor de campanha de Navanly, Leonid Volkov, presente na manifestação.