Durante dois dias, não vão faltar questões controversas para debater, sendo particularmente aguardado o discurso que o presidente francês irá proferir em Bastia, esta quarta-feira.
É a primeira vez que o presidente Emmanuel Macron faz uma visita oficial à Córsega. E, durante dois dias, não vão faltar questões controversas para debater, sendo particularmente aguardado o discurso que irá proferir em Bastia esta quarta-feira.
Os nacionalistas corsos encontram-se em posição de força, em matéria política, fazendo questão de o relembrar ao chefe de Estado francês com uma manifestação que reuniu milhares de pessoas em Ajaccio, no passado sábado. Perguntámos a um conhecido analista político local o que está exatamente em causa.
"O contexto é marcado pelas vitórias nacionalistas nas legislativas e nas eleições locais de 2017, nas quais obtiveram 56,5%. Ou seja: os nacionalistas detêm a maioria absoluta e pretendem uma evolução do estatuto da Córsega. Mas o governo tem dificuldades em aceitar", declara André Fazi, professor de Ciência Política na Universidade da Córsega.
Apesar das inevitáveis comparações, a reivindicação de independência não tem a expressão que assume na Catalunha ou na Escócia. Mas as pretensões relativamente à autonomia e ao reconhecimento da língua corsa ecoam bem alto.