Turquia condena a perpétua militares implicados no golpe de 2016

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De  Francisco Marques  com Reuters, Anadolu
Recep Tayyp Erdogan mantém pressão sobre alegados golpistas
Recep Tayyp Erdogan mantém pressão sobre alegados golpistas   -  Direitos de autor  Yasin Bulbul/Presidential Palace via REUTERS

Um tribunal turco condenou 64 militares a prisão perpétua por implicação na alegada tentativa de golpe de Estado, falhada em julho de 2016.

Uma centena de réus foi absolvida por ter ficado demonstrado não terem estado envolvidos no caso.

Os condenados foram punidos pelo envolvimento no suposto ataque ao Governo e por terem mobilizado recrutas da academia militar para enfrentar civis que se opuseram ao alegado golpe de Estado.

Quatro dos condenados receberam mesmo pena perpétua agravada por terem liderado a operação para tentar derrubar a ordem constitucional, referiu a agência turca Anadolu, citando a sentença.

O caso ocorreu a 15 de julho de 2016. Um grupo de militares amotinados, com recurso a meios aéreos e tanques, atacou o Parlamento em Ancara com o objetivo de derrubar o Presidente Recep Tayyp Erdogan. Mais de 240 pessoas morreram, a maioria civis.

Desde esse dia, o chefe de Estado e de Governo tem conduzido uma purga nos organismos públicos e militares da Turquia. De acordo com a Reuters, foram presas cerca de 50 mil pessoas e despedidas ou suspensas 150 mil.

Erdogan ordenou também o encerramento de todas as academias e escolas militares que tenham alguma vez sido relacionadas à alegada organização terrorista liderada pelo exilado Fetulah Güllen, outrora um aliado do Presidente e agora um reconhecido opositor do líder turco.