ACNUR diz ter recebido 622 testemunhos de violência sexual nas ilhas gregas em 2017
A ONU diz que os requerents de asilo - em particular mulheres e crianças - correm um elevado risco de agressões sexuais devido às condições precárias e de insegurança nos centros de acolhimento sobrelotados em várias ilhas da Grécia.
O alerta foi dado esta sexta-feira pela porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Cécile Pouilly:
"A situação é particularmente preocupante nos Centros de Receção e Identificação de Moria e Vathy, nas ilhas de Lesbos e Samos, onde milhares de refugiados estão abrigados em condições impróprias e com segurança inadequada. Os relatos de assédio sexual são particularmente elevados em Moria."
A agência da ONU diz ter recebido, em 2017, testemunhos de 622 migrantes que dizem ter sido vítimas de violência sexual, um terço dos quais já depois de terem entrado na Grécia. Mas a porta-voz da ONU acredita que muitos outros ficam no silêncio por vergonha ou medo de discriminação, estigmatização ou represálias.