Polícia holandesa diz que país se assemelha a narcoestado

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De  Nara Madeira
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Quem o diz é a Associação Holandesa da Polícia que acrescenta que a maioria das vítimas de crimes não os reportam.

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A Holanda está a começar a assemelhar-se a um narcoestado onde a polícia não tem como combater o surgimento de uma economia paralela baseada no crime. A denúncia é feita pela Associação Holandesa de Polícia num relatório agora publicado.

No documento lançam-se acusações ao governo do país: de não fazer nada, do pouco investimento e em alguns casos mesmo desinvestimento feito nesta área ao longo dos anos e da pesada burocracia existente num país onde o crime aumenta a olhos vistos isto apesar dos números oficiais dizerem o contrário.

O organismo entrevistou 400 investigadores da polícia e as conclusões que tirou, também da análise dos dados, é que "menos de 20% das vítimas de crimes apresentam queixa à polícia", como aliás salienta o jornal holandês "De Telegraaf". O periódico escreve que este relatório "desconcertante" demonstram que a confiança dos holandeses na polícia "desapareceu completamente".

O mesmo meio de comunicação esclarece que embora tenha havido uma queda de 25% no número de crimes registados, nos últimos nove anos, 3 milhões e meio de crimes não são, por ano, não são reportados.

No relatório a polícia adianta que "o número de crimes contra pessoas vulneráveis aumentou devido ao envelhecimento da população" e pelos cortes nos cuidados a essas pessoas, e admite que não é dada atenção suficiente a estas situações.

A Associação da Polícia acrescenta que "apenas um em nove grupos criminosos" podem ser abordados devido ao número de investigadores que a polícia tem e aos recursos de que dispões. Frisa ainda que a situação atual oferece aos criminosos muitas novas oportunidades de enriquecimento através "da corrupção e de outras formas de minar o Estado de direito holandês".

Os profissionais entrevistados referem que os pequenos criminosos se estão a tornar em empresários ricos da indústria da hoteleira, imobiliária, ou do Turismo.

As autoridades de Amesterdão também admitiam, este mês, um crescimento do crime organizado e uma mudança para formas de crime que são mais invisíveis e estão muitas vezes fora do controlo e da vista das autoridades.

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