O atleta russo de curling, de 25 anos, acusou meldonium num controlo antidoping.
Que impacto vai ter o caso de doping de Alexander Krushelnitcsky no destino do Comité Olímpico russo?
Esta é a questão que paira no ar, depois do Comité Olímpico Internacional (COI) declarar que vai ser um grupo especial a decidir sobre este processo.
Em causa está também a marcha dos atletas russos sob a bandeira olímpica na cerimónia de encerramento dos Jogos de Pyeongchang.
Recorde-se que a Rússia tinha sido proibida de participar enquanto país na competição, mas que os atletas que não estivessem envolvidos no anterior escândalo de doping poderiam participar sob a bandeira olímpica. Esse entendimento deu origem à terceira maior delegação em Pyeongchang.
"O painel vai avaliar o caso em toda a sua extensão e tomar uma decisão que será comunicada ao Conselho Executivo no sábado à tarde. E então vamos ver qual o passo seguinte, mas tenho a certeza de que eles vão olhar para todos os aspectos que considerem relevantes para o caso. Não serei eu a dizer se é ou não relevante", afirmou Mark Adams, porta-voz do COI.
Apesar do controlo antidoping ter detetado meldonium, Krushelnitsky, que venceu o bronze no curling misto, negou ter recorrido a substâncias proibidas.
"Nós temos uma versão. Só a anunciaremos durante a investigação. Ao longo da minha carreira tive uma grande quantidade de torneios e competições, sempre fizeram testes de doping e todos foram negativos. Estamos muito interessados na investigação, pois o nosso nome, a nossa carreira e a nossa vida desportiva estão em jogo."
Curiosamente, o atleta de 25 anos não desmente ter consumido meldonium antes de ter sido proibido pela Agência Mundial de Antidopagem: "O meldonium foi banido no final de 2015 e eles pararam de nos dar. Honestamente, antes disso, nem sabia que tomava meldonium, o nosso médico dava-nos comprimidos e nós tomávamos".
A confirmar-se, este é o primeiro caso de doping no curling nuns Jogos Olímpicos de inverno.