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Cariocas contra intervenção militar no Rio de Janeiro

Cariocas contra intervenção militar no Rio de Janeiro
Direitos de autor REUTERS/Ricardo Moraes
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De  Miguel Roque Dias com Reuters
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Em 2017, o Rio de janeiro registou mais de 6700 mortes violentas, incluindo mais de uma centena de polícias e 10 crianças, atingidas por "balas perdidas". Os habitantes dos bairros mais pobres do Rio temem ser apanhados numa guerra entre os militares e os grupos criminosos que atuam nas favelas.

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A intervenção do exército no Rio de Janeiro preocupa os brasileiros.

Artistas, anónimos e organizações não-governamentais temem que a presença dos militares nas ruas do Estado potencie a violência contra a população das favelas, na sua maioria negros.

Na internet começou a circular um vídeo onde se dão conselhos de como agir, perante as autoridades.

"A gente vai ter vidas negras morrendo cada vez mais. a gente já vive, hoje no Rio de Janeiro uma truculência policial muito grande. Policiais que enfim... Eles atiram e depois tentam saber se as pessoas eram culpadas ou não. O que estamos a ver agora é só uma validação disso", afirma o blogger Spartakus Santiago.

Em 2017, o Rio de janeiro registou mais de 6700 mortes violentas, incluindo mais de uma centena de polícias e 10 crianças, atingidas por "balas perdidas". Os habitantes dos bairros mais pobres do Rio temem ser apanhados numa guerra entre os militares e os líderes dos grupos criminosos que atuam nas favelas.

A intervenção militar no Rio de Janeiro foi decretada após o aumento da violência na Cidade Maravilhosa durante o Carnaval.

O comandante da operação, o general Braga Netto, assegurou que a intervenção do exército "será um laboratório para o resto do Brasil" e que a missão dos militares é a de fortalecer a segurança no Estado do Rio de Janeiro.

"Recuperar a capacidade operativa dos órgãos de segurança pública e baixar os índices de criminalidade aqui no estado do Rio, não só na cidade", sublinha o comandante.

Um dos objetivos é reduzir a corrupção no seio das forças de segurança. Segundo as estatísticas, divulgadas esta semana pelo Ministério Público brasileiro, cerca de 20% das mais de 5200 pessoas denunciadas, nos últimos anos por ligações com o crime organizado, no Rio de Janeiro, são membros das autoridades locais.

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