Marina, mulher do espião do KGB, Alexandre Litvinenko, assassinado em 2006 comenta o envenenamento de Serguei Kripal.
A mulher do antigo agente do KGB, Alexandre Litvinenko, assassinado com Polonium 210 em 2006, um homicídio também atribuído à Rússia por Londres, considera que desta vez a reação das autoridades é mais robusta mas deixa um alerta.
"A reação foi muito mais rápida e direta do que quando aconteceu com o meu marido. E agora temos um maior número de diplomatas russos que vão ser expulsos do Reino Unido. Na altura foram apenas quatro e agora são 23. E quase de certeza que são pessoas dos serviços de segurança mas isso não significa estarmos em total segurança, é preciso fazer mais", diz Marina Litvinenko que dá um conselho. "Claro que o governo britânico está correto em seguir as regras. Não precisa de jogar com as mesmas regras que Putin porque nunca se ganha. Mas não é necessário mostrar que se é mole e que se aceita tudo o que acontece no seu país", conclui.
Além de crítico do presidente russo, Litvinenko era aliado do oligarca Boris Berezovski, um russo exilado. Supõe-se que outro motivo para o seu assassinato foi estar a investigar o homicídio da jornalista Anna Politkovskaia.
Litvinenko teve uma morte lenta depois de ter ingerido um chá com polonium radioativo.