As duas ofensivas no norte e no sul do país estão a criar pressão sobre a capacidade das organizações de ajuda humanitária para prestarem assistência.
Milhares de cidadãos sírios estão em fuga no norte e no sul do país, depois de duas ofensivas distintas intensificarem a pressão no confronto que cumpriu sete anos esta semana.
O ataque turco na região de Afrin, no noroeste da Síria, contra uma milícia curda levou já à saída de cerca de 150 mil pessoas nos últimos dias. Mais de 1.500 combatentes curdos morreram desde o início da ofensiva, onde a Turquia tenta expulsar desde 20 de janeiro uma milícia curda, foi hoje anunciado.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) precisou que "a maioria dos combatentes foram mortos em ataques aéreos e tiros de artilharia", quando as forças turcas e as milícias sírias aliadas entraram hoje de manhã na cidade de Afrin, onde os combates prosseguem.
A ajuda humanitária das Nações Unidas teve mesmo de intervir para ajudar a população perante os ataques aéreos da Turquia.
Mais a sul, Ghouta, nos arredores da capital Damasco, continua a viver um pesadelo.
A crescente pressão as forças de Bashar Al Assad e da Rússia forçaram a fuga de mais de 30 mil pessoas nos últimos dias e os rebeldes já estarão a negociar com a ONU um novo cessar-fogo.
O aumento dos refugiados em zonas rurais de Damasco obrigou à instalação de novos campos de assistência, onde foram distribuídos sacos com água, comida e medicamentos.
Os contínuos bombardeamentos e o iminente ataque terrestre turco fazem temer um novo drama humanitário num país que entrou no oitavo ano de guerra, da qual já resultaram mais de 350.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados, segundo o OSDH.