Alguns membros do Partido Republicano pedem ao presidente dos EUA para deixar o procurador especial acabar as suas averiguações sobre o possível conluio com a Rússia.
O pedido de John Dowd, um dos advogados do presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, para que termine a investigação às alegadas ligações da interferência russa nas eleições norte-americanas e a campanha do atual presidente está a incomodar o Partido Republicano.
De Marco Rubio (senador da Florida) a James Lankford (senador de Oklahoma), passando Trey Gowdy (congressista da Carolina do Sul), são vários os elementos do partido a manifestarem desconforto pela pressão da Casa Branca, que surgiu apenas um dia depois da controversa demissão do diretor adjunto do FBI, Andrew McCabe.
Alguns defendem mesmo que se Trump é inocente, então não há nada a temer na investigação do procurador especial Robert Mueller, que liderou também o FBI entre 2001 e 2013.
"Quando você é inocente... quando há alegação de conluio com os russos, não há provas disso e está inocente, então aja como tal", afirmou Trey Gowdy ao canal de televisão Fox News.
A polémica ganhou um novo fôlego na última semana com a demissão do diretor adjunto do FBI, Andrew McCabe, a apenas dois dias de entrar para a reforma. McCabe era há muito tempo um alvo de Donald Trump no Twitter, desde que subscreveu as alegações de James Comey, o antigo diretor do FBI que saiu sob pressão do presidente norte-americano em 2017.
A demissão de Comey ficou ligada a esta investigação sobre as possíveis relações entre a Rússia e a organização de campanha de Donald Trump, uma operação que o presidente sempre considerou uma desde o início uma "caça às bruxas".