Desenvolvimento africano em foco em mais um Fórum Crans Montana

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Foi a quarta edição do encontro na cidade de Dakhla, no Saara Ocidental.

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O Fórum Crans Montana voltou a Dakhla. Foi a quarta vez que o encontro teve lugar no Saara Ocidental. Mais de mil participantes de 100 países debateram a cooperação sul-sul, com especial atenção para continente africano.

Os representantes africanos pediram mais investimento na região. Investimento que deve vir, explocaram, também, de países de África. Foi o que disse à Euronews o primeiro-ministro marroquino, Saadeddin el-Othmani.

“Há todo um despertar africano que implica o desenvolvimento de relações entre os países africanos a vários níveis. Falamos de cooperação económica, mas também cultural e comercial,” disse el-Othmani.

“Temos de intensificar a cooperação a todos os níveis entre países africanos. Infelizmente, os intercâmbios comerciais entre países africanos são ainda demasiado fracos,” lamentou-

Goodwill Zwelithini kaBhekuzulu, o rei da nação zulu, na África do Sul, participou no fórum. Zwelithini é um dos líderes tradicionais mais influentes da maior economia africana. Insistiu na necessidade de combater a pobreza:

“Há muita pobreza em África, algo que me magoa muito. Ver tanta gente que tem de emigrar para outros países é muito complicado. Há muitas pessoas obrigadas a abandonar o lugar a que pertencem.”

O papel das mulheres na transformação do continente não foi esquecido. Para isso, diz Grace Njapau, antiga ministra da Administração Interna da Zâmbia, é preciso que haja mais mulheres em postos de liderança:

“Os homens tentam pôr de lado as mulheres, mas nós recusamos esse papel. As mulheres devem unir-se, já que sabemos exatamente o que queremos. E temos, acima de tudo, de assumir que as mulheres podem mudar o mundo e que podem também mudar África.”

Mas o continente africano não pode mudar sem a unidade dos 49 Estados. Foi exatamente o que defendeu Soulymane Fall, conselheiro do presidente do Senegal:

“O desenvolvimento é, ante de mais, uma questão de mentalidade. Se os africanos se convencerem de que o nosso continente, com todas as riquezas que tem, pode ser líder no mundo. E é com essa convicção e com essa consciência que poderemos vencer, com unidade.”

No encontro, foi atribuido o Prémio da Fundação a Michel Martelly. Presidente do Haiti entre 2011 e 2016, Martelly deseja que o país das antilhas integre a União Africana:

“O Haiti é África. Somos África e temos África no sangue. Somos África na pele, na cultura, somos a diáspora africana e somos filhos de África. Pertencemos aqui. Pesno que decemos ser integrados e que deveriamos pertencer à União Africana.”

Foi também atribuído o reconhecimento de jovens Líderes do Futuro a 40 dos participantes. Entre eles, Mansavi Atrey, presidente do grupo 18SG.

“Recebemos este reconhecimento do Fórum, que é importante para as gerações vindouras. E é uma honra recebê-lo, porque venho aqui para fazer a diferença, a Crans Montana, e gostaria de ver mais gente do meu país a receber este reconhecimento.”

A primeira parte do Fórum terminou no sábado. A segunda parte do encontro teve lugar a bordo do Rhapsody, o conhecido cruzeiro italiano.

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