"Ato isolado" provoca incêndio na embaixada portuguesa na Suécia

Edifício onde ocorreu o incêndio integra mais três embaixadas
Edifício onde ocorreu o incêndio integra mais três embaixadas Direitos de autor Photo Fredrik Sandberg /TT News Agency/via REUTERS
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De  Francisco Marques
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Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal disse ter sido "uma pessoa perturbada" que ateou o fogo. Um suspeito foi detido e haverá pelo menos 14 feridos

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Uma "pessoa perturbada" terá sido a autora do incêndio que esta quarta-feira deflagrou na embaixada de Portugal na Suécia, num edifício que integra ainda as representações diplomáticas em Estocolmo da Tunísia e da Argentina.

A descrição do presumível autor do fogo partiu do ministro português dos Negócios Estrangeiros, que, em Lisboa, à margem de um encontro com o secretário-geral da Liga Árabe, esclareceu algumas informações postas a circular em Estocolmo.

"Tudo leva a crer que tenha sido um ato isolado de uma pessoa perturbada que exigiu falar com o responsável da secção consular portuguesa, pedido que foi evidentemente satisfeito. Antes mesmo de ter a conversa que exigia, teve este gesto criminosos de provocar um incêndio, fugindo ao mesmo temppo", explicou Augusto Santos Silva.

Pelo menos 14 pessoas terão necessitado de receber assistência médica, não havendo registo de feridos graves nem de portugueses entre as vítimas.

O incêndio terá começado por volta do meio local (11:00, em Lisboa). Duas horas depois, um suspeito foi detido pela polícia sueca que se enquadrava na descrição fornecida por algumas testemunhas: um homem de corpo robusto, na casa dos 50 anos, com cabelo e barba grisalhos.

As autoridades recusaram revelar quaisquer informações asobre o detido antes do interrogarem.

"Com a informação que temos, não há nenhuma indicação de que seja um incidente de natureza terrorista. Parece ser um caso isolado de uma pessoa que está perturbada e não sabemos por que é que decidiu canalizar a sua perturbação para a secção consular da embaixada portuguesa em Estocolmo", referiu Augusto Santos Silva.

O minuistro português classificou o caso como "um incidente grave". "Tanto pelo que conseguimos reconstituir do que aconteceu terá sido um homem de grande envergadura que, aparentando estar muito perturbado e expressando-se em espanhol, penetrou na sala de secção consular em Estocolmo, exigindo ser recebido pelo responsável da secção consular", relatou o ministro.

O homem, que também falou em inglês durante o tempo em que esteve na embaixada, disse "frases muito inconsequentes, sobre alegados problemas de tráfico de seres humanos em Portugal".

"O responsável foi chamado, mas, antes que pudesse chegar, o homem, que aparentou estar sempre muito perturbado, abandonou a sala. Uma das pessoas presentes reparou que ele tinha atirado não sabemos se um objeto, um líquido inflamável ou qualquer outro objeto, que fez deflagrar um incêndio nas instalações da embaixada", disse Santos Silva.

O ministro disse que "não estava ninguém a ser atendido nessa altura", pelo que o Ministério dos Negócios Estrangeiros não tem registo de feridos entre o pessoal da embaixada ou pessoas que estivessem a ser atendidas.

O embaixador português em Estocolmo estava fora das instalações, em reunião, concluiu Santos Silva.

A meio da tarde, o fogo continuava ainda sem estar controlado. Três pisos do edifício, entretanto evacuado, foram afetados. Mais de 60 bombeiros tentavam p¨ôr cobro ao incêndio.

Outras fontes • aftonbladet, rtp

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