A França lidera uma lista composta por 14 países em número de dias de greve por trabalhador
Centenas de pessoas defenderam, esta segunda-feira, em Paris, a SNCF - a empresa pública de caminhos-de-ferro francesa - que o chefe de Estado quer restruturar. A decisão originou vários protestos e uma greve que se vai estender durante três meses. Mas este não é o único setor onde a força dos sindicatos franceses se faz sentir. As ações de protesto organizadas pelas diferentes estruturas sindicais não deixam ninguém indiferente, a começar pelos próprios governantes que por diversas vezes se viram obrigados a recuar.
Alguns consideram que a veia contestatária dos franceses tem origem no movimento de maio de 68, outros defendem que é muito mais antiga. Certo, é que quando se fala de greves, os gauleses são campeões. Pelo menos é o que revela um estudo feito ao longo de 10 anos pela Fundação Alemã Hans Böckler em 14 países europeus. As conclusões reveladas em 2015 mostram que a França lidera com 139 dias de greve por mil trabalhadores. Em segundo lugar, aparece a Dinamarca com 125 dias de paralisação. Um país com dois terços dos trabalhadores sindicalizados. No fundo da tabela, aparece a Suíça, o país que menos recorre à greve.