Budapeste foi palco de uma manifestação que se estendeu a outras cidades e a outros países
Milhares de húngaros saíram à rua em Budapeste para pedir a recontagem dos votos e um novo sistema eleitoral.
Há uma semana, os eleitores foram chamados às urnas. As legislativas ficaram marcadas por uma elevada taxa de participação e pela vitória do partido do Fidesz, do primeiro-ministro húngaro. Viktor Orbán foi reeleito para um novo mandato, o que para os manifestantes significa uma política de continuidade.
"Gostava de viver num país que respeite a independência da comunicação social e onde o dinheiro possa ser canalizado para algo mais do que o partido Fidesz" refere um jovem.
"Penso que o mais importante é vivermos numa democracia transparente. Eu quero viver neste país, por isso, tenho de estar aqui para me manifestar com todas estas pessoas" adianta uma manifestante.
A crise migratória dominou a campanha eleitoral de Viktor Orbán. O partido Fidesz, liderado pelo primeiro-ministro, defende uma forte limitação na entrada de estrangeiros na Hungria. O chefe de Governo prometeu "alterações significativas" nessa área. Palavras que muitos interpretam como o anuncio de uma mudança constitucional.
Andrea Hajagos/Euronews: "Muitas pessoas de diferentes locais expressaram solidariedade para com os manifestantes de Budapeste. As manifestações estenderam-se a outras cidade e a outros países."