Caso Bolloré: "as primeiras vítimas são os africanos"

Caso Bolloré: "as primeiras vítimas são os africanos"
De  Luis Guita
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Jornalista Jean-Pierre Canet, que investigou o império do multimilionário francês e é co-autor do livro "Vincent tout-puissant", considera que "as primeiras vítimas são os africanos."

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O empresário francês Vincent Bolloré foi formalmente acusado pelos tribunais por "corrupção de agente estrangeiro", cumplicidade de "abuso de confiança", "falsificação e uso de falsificação".

Os juízes de instrução suspeitam que o grupo Bolloré tenha usado a Havas, a subsidiária de comunicação do grupo, para facilitar a eleição de líderes africanos, fornecendo aconselhamento político sub-faturado.

Como agradecimento, os presidentes do Togo e da Guiné Conakry anularam as concessões portuárias existentes para os portos de Lomé e Conakry, para que fossem transferidas para o grupo Bolloré.

Para o jornalista Jean-Pierre Canet, que investigou o império do multimilionário francês e é co-autor do livro  "Vincent tout-puissant", se a justiça confirmar as acusações, as manobras do grupo Bolloré podem sofrer sérias consequências.

"As primeiras vítimas são os africanos Especialmente porque a fragilidade dos sistemas democráticos que tentam implementar -.e penso na Guiné, porque o Togo não é nada democrático - são prejudicados imediatamente; não pelos próprios africanos mas pelos atores externos, neste caso os industriais que têm interesses imediatos," afirmou Jean-Pierre Canet.

Além de Vincent Bolloré, dois outros executivos do grupo também estão na mira da justiça.

O grupo Bolloré negou quaisquer irregularidades.

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