Mahmud Abbas pede desculpa ao povo judeu

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Direitos de autor  REUTERS/Mohamad Torokman
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De  Euronews com Reuters / AFP
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Presidente da Autoridade Palestiniana foi acusado de antissemitismo e de negação do Holocausto por Israel, pela União Europeia e pelas Nações Unidas.

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Reeleito presidente do Comité Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmud Abbas corrigiu o tiro e pediu desculpas pelas declarações que fez no início da semana sobre os judeus.

Abbas afirmou que as perseguições e os massacres de que o povo judeu já foi alvo, incluindo o Holocausto, se deveram sobretudo "às funções que desempenhavam habitualmente na sociedade, por exemplo no banca, mais do que à religião".

O comentário foi de imediato criticado por Israel, que acusou Abbas de antissemitismo e negação do Holocausto.

Também a União Europeia e as Nações Unidas consideraram as declarações inaceitáveis, repudiando aquilo a que chamam de retórica que não ajuda a solução de dois Estados.

Em comunicado, Abbas pede desculpa a todos os que se sentiram ofendidos pelas declarações, condena o antissemitismo e classifica o Holocausto como o "maior crime hediondo da história"

O Comité Nacional Palestiniano (CNP), encarregado de eleger os membros do Comité Executivo da OLP (responsável pelas decisões políticas) foi convocado por Abbas pela primeira vez em 22 anos -- sem reunir todos os membros -- para definir uma estratégia política no sentido de responder ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que decidiu reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

O novo Comité Executivo não foi eleito por votação tendo sido escolhido com base nas consultas realizadas junto das várias fações da OLP, que participaram nas reuniões.

"Os membros do Comité Executivo da OLP realizaram consultas entre si e decidiram eleger o irmão Abu Mazen (Abbas) presidente do Comité Executivo", disse Azam al Ahmad, um dos oito elementos recentemente eleitos e que integram o organismo formado por 15 políticos, referiu a agência de notícias palestiniana Wafa.

A continuidade de Abbas, 82 anos, pelo CNP foi decidida durante a madrugada.

Vários adversários de Abbas foram forçados a abandonar o Comité Executivo da OLP por não terem sido reeleitos, entre os quais, Yaser Abed Rabo e o ex-primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestiniana, Ahmed Qurei.

Apesar dos boicotes, Abbas deixou o caminho aberto a fações como a Frente Popular para a Libertação da Palestina para que recupere um dos três lugares que ainda se encontram disponíveis no quadro do comité.

Abbas convidou o Hamas e a Al Fatah a participarem "caso venham a aceitar a unidade nacional e a OLP", informou, entretanto, a estação de rádio Kan.

O Hamas e a Jhiad Islâmica, assim como alguns elementos da própria OLP, não participaram nos encontros.

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