Eric Schneiderman demite-se depois de ser acusado de violência física por quatro mulheres com quem alegadamente manteve relacionamentos amorosos
O Procurador-Geral de Nova Iorque, Eric Schneiderman, demitiu-se depois de ser acusado de violência física por quatro mulheres com quem alegadamente manteve relacionamentos amorosos.
As acusações foram divulgadas na revista The New Yorker. Três horas depois, o democrata de 63 anos anunciava a sua demissão.
Schneiderman tem sido um fervoroso defensor dos direitos das mulheres e recentemente tornou-se uma figura proeminente no movimento "Me Too" ("Eu Também") contra os casos de assédio e abuso sexual. Teve um papel preponderante na denúncia do escândalo que envolveu o magnata do cinema Harvey Weinstein.
De acordo com o depoimento, Michelle Manning Barish e Tanya Selvaratnam alegam terem sido agredidas sem consentimento.
As duas mulheres não denunciaram as alegações à polícia na altura, mas dizem ter procurado ajuda médica depois de Schneiderman lhes bater com força na cara. Uma das mulheres diz que o procurador a avisou que poderia ser perseguida e ter as chamadas telefónicas sob escuta. Ambas afirmam terem sido ameaçadas de morte se terminassem o relacionamento com ele.
Na conta do Twitter, Michelle Barish, escreve: "Depois de o mês mais difícil da minha vida - falei! Pela minha filha e por todas as mulheres. Não poderia continuar em silêncio e incentivo todas as mulheres a serem corajosas como eu."
As duas outras mulheres, que pediram o anonimato, denunciaram agressões físicas depois de rejeitarem envolver-se sexualmente com Schneiderman.
O procurador-geral de Nova Iorque nega as declarações feitas pelas quatro mulheres e garante que o sexo não consentido "é uma linha que não ultrapassou".