O escolhido de Puigdemont não conseguiu a maioria absoluta dos votos
Foi adiada para segunda-feira a tomada de posse de Quim Torra, o candidato apontado por Carlos Puigdemont, para presidir ao governo Catalão.
O resultado não surpreende. Os votos do Juntos pela Catalunha e da Esquerda Republicana não chegam para a maioria absoluta necessária. A Candidatura de Unidade Popular (CUP), o terceiro partido separatista, absteve-se.
Puigdemont não estava na sala, mas esteve sempre presente. "O nosso presidente é Carlos Puigdemont", disse Quim Torra, garantindo lealdade "ao mandato do primeiro de Outubro: construir um Estado independente em forma de República".
Sem explicar como, garantiu que, apesar de manter o objetivo, quer uma proposta "de constituição", e diálogo com Madrid. A oposição não reconhece sinais de mudança.
Inês Arrimadas acusa Torra de não ter qualquer sentido auto-crítico e de não fazer esforço para mudar ou para permitir a coexistência. A líder do Ciudadanos diz que o discurso deste sábado foi mais um exercício de extremismo, radicalização e confronto.
Na próxima volta, na segunda-feira, uma maioria simples chega para investir o presidente governo regional. Votos contados, Quim Torra tem a tomada de posse assegurada.