EXPO 98 abria as portas há 20 anos

EXPO 98 abria as portas há 20 anos
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De  Nara Madeira
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Passaram já 20 anos sobre o dia em que abriram as portas, em Lisboa, da EXPO 98. O maior evento cultural de sempre, em Portugal.

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A 22 de maio de 1998 Lisboa abria as portas para o mundo naquela que viria a ser a maior empresa do século XX, em temos culturais, em terras lusas, a EXPO 98.

Em quatro meses e uma semana, e sob o lema "Os Oceanos, Um Património para o Futuro", cerca de onze milhões de pessoas, vindas dos quatro cantos do mundo, passaram pela capital portuguesa e pelo recinto daquele que viria a tornar-se no Parque das Nações.

A ideia de concretizar a EXPO 98 surgiu no âmbito da Comissão para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses. O objetivo era realizar ações para comemorar os descobrimentos, coincidindo com as celebrações da viagem marítima de Vasco da Gama à Índia. Das ligações lusas aos mares à responsabilidade, individual e coletiva, pela preservação dos oceanos como "Um Património para o Futuro", foi um saltinho, ou um mergulho.

O projeto abriu-se ao mundo o e o mundo respondeu, positivamente, e até a Assembleia-Geral das Nações Unidas se juntou ao proclamar, sob proposta portuguesa, quatro anos antes, 1998 como Ano Internacional dos Oceanos.

A EXPO 98 foi a mais internacional das exposições realizadas até aí: 146 Países, entre eles os da Lusofonia, e 14 Organizações Internacionais presentes. Eventos vários, e mais de cinco mil atuações musicais. O espetáculo exibido no Pavilhão Atlântico foi visto por mais de três milhões de pessoas. Um recorde em exposições mundiais. A diversidade cultural que Lisboa proporcionou levou o gabinete internacional de exposições, que está à frente deste tipo de eventos, a considerar a mostra lisboeta como a melhor de sempre.

A derrapagem nos custos é inegável, talvez se esperassem mais visitantes, mas a verdade é que, ao contrário de Sevilha, por exemplo, a cidade espanhola que recebeu exposição semelhante anos antes, Lisboa conseguiu reabilitar toda uma área periférica, abandonada e degradada. Cerca de 340 hectares, com uma frente ribeirinha de quase 5Km, localizada na zona oriental da capital portuguesa, que noutros tempos tinha albergado instalações de refinaria e depósito de combustíveis, milhares de contentores e uma enorme lixeira a céu aberto. Ainda assim, na área das infraestruturas educativas há muito trabalho a fazer. Situação idêntica no âmbito da saúde.

Mas para quem ali não vive, e uma parte substancial não viveria se a área não tivesse sido reabilitada, quem passou pela EXPO 98 como mero visitante ficou, com certeza, na memória, com as viagens por outros países do globo, como Trinidad e Tobago, ou as Ilhas Salomão, com uma infinidade de espetáculos, arte e teatro de rua, com os Olharapos ou a encenação da obra Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, por exemplo, o projeto de percussão Tocá Rufar, que nasceu a partir de um convite da EXPO 98 ou com o espetáculo Acqua Matrix, que encerrava o dia no maior evento de sempre na capital portuguesa.

Editor de vídeo • Nara Madeira

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