Presidentes francês e russo colocaram as divergências de lado e partiram para a aproximação, já estreita, em termos comerciais.
França e Rússia puseram de lado, as contendas sobre questões como a Ucrânia, ou a Síria, e mostraram, em São Petersburgo, que as relações comerciais entre os dois países estão bem e recomendam-se. Empresários de ambos os lados, entre eles alguns de peso, firmaram acordos vários:
"Estive durante muito tempo numa empresa do setor da energia, temos relações muito próximas e duradouras, de confiança, com a Gazprom há mais de 40 anos e, portanto, é muito importante que essas relações comerciais entre as empresas possam fazer parte de um diálogo político ao nível dos dois Chefes de Estado. Sou muito favorável e estou muito feliz com o diálogo de hoje", explica o ex-presidente da Engie, e atual do grupo gaulês Suez.
Para os russos a questão das sanções continua em cima da mesa, mas não como um obstáculo.
"Nós, russos, não temos medo de nada. É sabido que as sanções acabam por ser recíprocas. Os nossos cérebros começam a trabalhar, a contornar essas sanções, a pensar no que podemos fazer para impedir a rutura da economia russa e fazemo-lo. Veja o quanto cresceu a economia russa. Quanto mais sanções o Ocidente impuser, melhor para nós", adianta Samoylov Andrei Viktorovich, da empresa Polymix.
"Após a decisão de Trump de retirar os EUA do acordo nuclear do Irão, o presidente francês visitou Vladimir Putin pela primeira vez em solo russo. E apesar das diferenças políticas e das sanções económicas, grandes acordos foram assinados aqui. França continua a ser o principal investidor estrangeiro na Rússia", adianta Efi Koutsokosta, da Euronews.