Presidente brasileiro anunciou novas medidas para tentar acabar com paralisação que dura há uma semana
O presidente brasileiro anunciou novas concessões para tentar pôr fim à greve dos camionistas que paralisa há uma semana o país.
Entre a penúria de combustível nas estações de serviço, fábricas paradas e falta de alimentos nas estantes de supermercados, o protesto já custou mais de 10 mil milhões de reais - cerca de 2300 milhões de euros - à economia do Brasil, segundo o jornal Folha de São Paulo.
Michel Temer decidiu relançar as negociações este domingo, concedendo nomeadamente uma redução no preço do gasóleo e a supressão de determinagens portagens para os camiões de transporte de mercadoria.
Temer: "A primeira reivindicação dos camionistas, o preço do diesel, terá uma redução de 46 centavos por litro. [...] Agora, acertámos que será por 60 dias, sem modificação no preço. E, a partir daí, daqui a dois meses, só haverá reajustes mensais."
A quatro meses de eleições presidenciais, a resposta do governo de Temer à crise é crucial, sobretudo quando o movimento dos camionistas é apoiado por uma boa parte da população.
Vicente Reis, camionista em greve: "Na grande verdade, hoje, 10 por cento da população que está aqui são camionistas. O restante são pessoas comuns, trabalhadores de outras categorias. Isto já não é um movimento dos camionistas, tornou-se num movimento dos brasileiros."
As novas medidas não são, no entanto, uma garantia do fim dos protestos: já na passada quinta-feira, Brasília tinha anunciado um acordo com vários dirigentes sindicais para uma trégua de 15 dias, mas a maioria dos grevistas tinham decidido manter a mobilização.