Líder do Movimento 5 Estrelas é novo vice-primeiro-ministro com as pastas do Desenvolvimento Económico e do trabalho
De um protesto para pedir a queda do presidente Sergio Mattarella à celebração da subida ao governo. Este é o resumo do comício de sábado, em Roma, do Movimento 5 Estrelas, cujo líder, Luigi di Maio, é o novo vice-primeiro-ministro de Itália.
Após quase três meses de impasse político, o partido nacionalista eurocético aceitou não colocar à frente da pasta das Finanças e Economia um declarado opositor do projeto da moeda única europeia e, com isso, permitiu desbloquear a formação de um Governo de coligação à direita com o Liga (antigo Liga Norte), de Matteo Salvini.
Com um protesto já marcado há algum tempo para o Dia da República, o dia nacional em Itália, o comício deste sábado acabou por servir para Di Maio enaltecer o facto de finalmente ter nas mãos "o poder".
"O poder de mudar a Itália em prol dos cidadãos e não no próprio benefício. Mas nada será fácil", avisou o agora número dois do governo e também novo titular das pastas do Desenvolvimento Económico e do Trabalho num novo executivo antissistema que acentua a pressão populista sobre o projeto europeu.
Diante do líder do Cinco Estrelas, na praça romana da Boca da Verdade, milhares de apoiantes celebraram a subida ao poder do movimento nacionalista crentes que este foi um triunfo do povo apesar das grandes divisões entre o eleitorado.
Simone Cretella, um desses apoiantes, espera que "este dois de junho se torne no Dia Nacional da terceira República". "A república dos cidadãos", defendeu.
A presidir às celebrações oficiais do Dia Nacional de Itália, o presidente Sergio Mattarella revelou aparente otimismo ao lado do compatriota Antonio Tajani, atual presidente do Parlamento Europeu.