O presidente do governo espanhol e os seus ministros tomam posse esta quinta-feira.
Socialista, europeísta e feminista. Assim é o novo governo de Espanha, presidido por Pedro Sánchez, naquele que é o primeiro do país a ter mais mulheres do que homens e com as ministras a assumirem algumas das pastas mais importantes, como Finanças, Justiça ou Trabalho.
O sucessor de Mariano Rajoy apresentou ao rei Filipe VI um executivo com onze ministras e seis ministros, que quer reforçar a coesão nacional sem deixar de apontar a Europa como nova pátria.
"Este é um governo decididamente europeísta. A europa é a nossa nova pátria, um espaço que devemos fortalecer para dar respostas eficazes aos desafios que como país temos pela frente. O novo governo nasce com o objetivo de servir a modernização de Espanha, a impulsionar o seu crescimento de forma sustentável, a reconstruir a coesão social e territorial danificada durante estes anos e a regenerar a vida pública do nosso país", afirmou.
O líder do Executivo reconheceu ainda que as suas escolhas refletem a importância do movimento feminista que 'explodiu' em Espanha no passado dia 08 de março, que contou com manifestações de milhares de mulheres por várias cidades do país.
Ao lado do líder do PSOE está a vice-primeira-ministra Carmen Calvo. Esta constitucionalista tem a seu cargo a pasta da Igualdade, mas também as relações com o Parlamento; uma função decisiva num governo com o apoio de apenas 84 dos 350 deputados.
Uma outra escolha de peso foi a de Josep Borrell para os Negócios Estrangeiros. Catalão e europeísta, o antigo presidente do Parlamento Europeu é um dos rostos contra a independência da Catalunha e a sua voz na Europa pode afetar as pretensões independentistas da região.
Por fim, é de realçar também a surpreendente nomeação de Pedro Duque para ministro da Ciência, Inovação e Universidades. Duque foi o primeiro astronauta espanhol e é formado em engenharia aeronáutica.
O novo governo espanhol tomou posse esta quinta-feira, às 10h00 (09h00 em Portugal continental), e reúne-se em conselho de ministros já na sexta-feira.