Grupo de Visegrado vai boicotar mini cimeira da UE sobre imigração

Grupo de Visegrado vai boicotar mini cimeira da UE sobre imigração
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De  Rodrigo Barbosa com AFP / EFE
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Países do Grupo de Visegrado anunciaram esta quinta-feira que não marcarão presença na cimeira informal de domingo em Bruxelas, centrada na crise migratória

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A crise migratória divide os europeus mais do que nunca, a poucos dias de duas cimeiras em Bruxelas.

A Hungria, República Checa, Eslováquia e Polónia - quatro países de leste do chamado Grupo de Visegrado - anunciaram que vão boicotar o encontro informal deste domingo, centrado na imigração, afastando a possibilidade de qualquer consenso antes da cimeira de chefes de Estado e de governo da próxima semana.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, afirmou que "não vale a pena empurrar assuntos onde não se concorda, como as quotas de migrantes, porque o resultado não será cooperação, mas sempre divisões e conflito".

O chanceler austríaco, presente no encontro do Grupo de Visegrado, em Budapeste, e que vai assumir em julho a presidência rotativa da União Europeia, prometeu centrar-se na criação de uma "Europa que protege".

Sebastian Kurz afirmou que "a Frontex deve ser fortalecida não só em números e financiamento, como em termos do seu mandato. Deve poder atuar contra o tráfico humano, nomeadamente em países terceiros, impedindo navios de contrabando de sairem das costas em direção à Europa".

Convidado de honra em Budapeste, Kurz, que em 2017 formou um governo com a extrema-direita austríaca, recomendou à União Europeia o abandono de toda e qualquer ideia de quotas de refugiados.

O correspondente da euronews Daniel Bozsik, lembra que "o encontro de chefes do governo do Grupo de Visegrado com o chanceler austríaco acontece antes da mini cimeira europeia sobre migração de domingo, na qual participam 12 países, incluíndo a Áustria. Mas Orban deixou claro que os países do Grupo de Visegrado não estarão presentes e partilharão as suas ideias acerca da imigração na cimeira de chefes de Estado e de governo da próxima quinta-feira".

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