Presidente turco renova mandato até 2023. Oposição assume derrota e alerta para o que aí vem.
Um novo dia, o mesmo presidente. A Turquia vai continuar a ser dirigida por Recep Tayyip Erdogan nos próximos 5 anos. Assim determinaram as eleições deste domingo. O chefe de Estado obteve 52,5% dos votos, deixando bem para trás o rival mais direto.
Muharrem Ince não foi além dos 31%. "Se fosse uma situação mesmo muito renhida, se o resultado fosse 50,1%, se tivessem roubado mil, dois mil votos, tínhamos descido à rua. Mas os números são claros e nós não podemos senão aceitá-los. Caso contrário, não respeitamos a democracia, nem a vontade do povo", declarou o candidato do Partido Popular Republicano.
Segundo Ince, o país vai resvalar definitivamente para a autocracia, sendo que Erdogan conseguiu reforçar os poderes do presidente através de uma reforma constitucional. As reações são as mais variadas e emotivas.
"Estou muito, muito triste. Sou mulher, tenho 25 anos, este país é lindíssimo, é aqui que quero viver... mas enquanto mulher jovem, só vejo perigos por todo o lado", dizia-nos uma jovem.
"Acho que é um bom resultado para o nosso país. Tal como diz o nosso presidente: "'ninguém para, continuamos no mesmo caminho'", apontava um comerciante.
Um dos líderes que mais prontamente felicitou Erdogan foi Vladimir Putin, elogiando a "grande autoridade política" do líder turco.