EventsEventos
Loader

Find Us

FlipboardLinkedin
Apple storeGoogle Play store
PUBLICIDADE

Começou julgamento sobre "bebés roubados" no franquismo

Começou julgamento sobre "bebés roubados" no franquismo
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

É um processo histórico em Espanha: antigo médico obstetra é acusado de participar no roubo de bebés para famílias próximas do regime franquista.

PUBLICIDADE

Procuram os filhos, os irmãos... procuram há já muito tempo. Chamam-lhes os "bebés roubados" do franquismo, recém-nascidos que eram tirados a opositoras do regime ou simplesmente mulheres pobres para serem entregues a famílias quase sempre próximas do poder.

“Roubaram-me uma menina que nasceu a 23 de maio de 1977", afirmava uma mulher durante um protesto em Madrid.

"Estou à procura de uma irmã, nascida a 20 de setembro de 1966. Nunca acreditámos que ela tivesse morrido. Não há certidão de nascimento, nem de óbito, nem sequer a identidade do médico que fez o parto à minha mãe", explicava outra manifestante.

Tudo isto aconteceu em Espanha ao longo da ditadura, de 1939 até 1975. Estarão em causa dezenas de milhares de casos. Esta terça-feira, pela primeira vez, um médico obstetra de 85 anos, Eduardo Vela, sentou-se no banco dos réus em Madrid.

"Quando uma mulher dava entrada na clínica onde o senhor trabalhava, quais eram os procedimentos a seguir", perguntou-lhe a procuradora. "Não sabia nada além dos procedimentos médicos. Não sabia", foi a resposta do antigo clínico.

Não é o que diz Inès Madrigal, uma mulher de 49 anos que acusa Vela de a ter roubado à família biológica, mediante a solicitação de um padre, e de ter falsificado a certidão de nascimento. Foi graças ao testemunho da mãe adotiva, entretanto falecida, que Inès pôde descobrir a sua história.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Enterradas com os carrascos: Vítimas da guerra civil espanhola vão ser finalmente exumadas

Um arquiteto juntou-se a 17 famílias e nasceu a primeira cooperativa de habitação em Madrid

Só em janeiro, Canárias receberam mais migrantes do que na primeira metade de 2023