Candidato português foi eleito por aclamação, cerca de ano e meio depois de António Guterres ter assumido a liderança das Nações Unidas.
Eleito por aclamação para um mandato de cinco anos, António Vitorino é o novo diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM).
O ex-comissário europeu derrotou a costa-riquenha Laura Thompson, vice-diretora-geral da organização.
Para trás, na terceira ronda, ficou o candidato de Donald Trump, Ken Isaacs, líder evangélico conhecido por escrever comentários anti-muçulmanos nas redes sociais.
A derrota diplomática representa também o fim de um tradição de quase meio século, em que a organização foi sempre liderada por norte-americanos, à exceção de um holandês que esteve à frente da instituição na década de 1960.
A candidatura de António Vitorino foi formalizada pelo Governo português em dezembro do ano passado.
O primeiro-ministro, António Costa, saudou a eleição de António Vitorino através da rede social Twitter: "Portugal continua a assumir as suas responsabilidades na gestão global das migrações". Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros escreveu que a vitória "demonstra a muito elevada relevância que Portugal atribui" à questão das migrações.
Os Estados Unidos contribuem com cerca de metade do orçamento da OIM, organização criada na década de 1950 para resolver a crise migratória causada pela Segunda Guerra Mundial.
A OIM Conta com 169 Estados Membros, tem escritórios em mais de uma centena de países e desenvolve ações em todo o mundo.
António Vitorino deverá tomar posse no próximo dia 01 de outubro, quando terminam os cinco anos do segundo mandato do atual diretor-geral da OIM, William Lacy Swing.
O ex-ministro socialista chega à liderança da OIM cerca de ano e meio depois de António Guterres ter assumido a liderança das Nações Unidas.