A multa infligida prejudica a legitimidade da campanha oficial e do referendo de 2016.
A campanha oficial a favor da saída do Reino Unido da União Europeia que precedeu o referendo de 2016, oficialmente designada por Vote Leave , foi multada por desrespeitar a lei eleitoral relativa ao limite de gastos legal de campanhas.
O limite legal de despesa é de sete milhões de libras e a comissão eleitoral encontrou provas substanciais de colaboração da Vote Leave com o grupo Be Leave criado pelo jovem estudante Darren Grimes e de um excesso de despesa conjunta de quase meio milhão de libras.
O valor da multa infligida à campanha Vote Leave é de sessenta mil libras e a Darren Grimes é de vinte mil libras e o assunto será entregue para investigação à Polícia Metropolitana de Londres.
Há pouco, a polícia afirmou que irá analisar as provas da comissão eleitoral que serão avaliadas pela equipa de inquéritos especiais da polícia.
A multa prejudica a legitimidade da campanha oficial e causou a reação do parlamento britânico. Chuka Umunna, deputado trabalhista e defensor prominente da permanência na União Europeia afirmou: "sabemos que a campanha Vote Leave mentiu de uma maneira colossal, agora sabemos oficialmente que também cometeu fraude. A questão é saber se o resultado do referendo foi afetado, um referendo onde a diferença entre as duas facções era de 4% as despesas da campanha foram de 10% acima do limite legal. Quem sabe."
O líder da campanha Vote LeaveMatthew Elliott afirmou os relatórios do caso "estão repletos de erros e tiram conclusões precipitadas," e que membros da campanha se puseram à disposição para esclarecimentos não tendo no entanto sido contactados.
Este não é o primeiro caso de críticas à facção da saída. Outra campanha, designada por Leave.eu, foi multada há cerca de dois meses no valor de setenta e sete mil libras por violação de leis eleitorais.
Uma nuvem sombria paira assim sobre a campanha para a saída da União Europeia no referendo de 2016.