Venezuela sem electricidade

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De  Joao Duarte Ferreira
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A greve da empresa estatal é por tempo indefinido

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Na Venezuela, os trabalhadores da empresa nacional de electricidade, Corpoelec, estão em greve desde segunda-feira e protestam contra o que descrevem como "salários de fome". Em alguns casos, o salário mensal de um trabalhador não é superior a €1.70.

A greve não tem fim à vista e vai aumentar a pressão sobre o governo de Nicolas Maduro.

Desde março que os cortes no abastecimento de electricidade são cada vez mais frequentes. Os trabalhadores reclamam aumentos salariais e investimento.

"Nem sequer consigo comprar pão, há muitos anos que trabalho para a empresa e ganho o salário mínimo. (...) Nem consigo pagar o bilhete. Há muitas em que trabalhamos um dia e faltamos dois dias porque nao temos dinheiro para o bilhete. Se compramos queijo, ou pão, não temos dinheiro para vir trabalhar", afirma Giovanni Gonzalez, funcionário da Corpoelec.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional, a inflação na Venezuela deverá atingir 1 milhão ainda este ano. O presidente Nicolas Maduro afirma que o país é vítima do que descreve como uma guerra económica e aponta o dedo aos interesses económicos da oposição que, afirma, atua com o apoio de Washington.

Desde 25 de junho que os trabalhadores da saúde estão igualmente em greve. Também eles reclamam aumentos salariais e melhores condições de trabalho.

Os professores universitários discutem igualmente a adesão à adesão à greve. Os reformados manifestaram-se recentemente para reclamar o pagamento das pensões.

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