Depois de quase 40 anos de governação nas mãos de Robert Mugabe, mais de cinco milhões de eleitores são chamados a participar nas primeiras presidenciais livres no Zimbabué. Emmerson Mnangagwa, líder do ZANU-PF, no poder, e Nelson Chamisa, do MDC-T, na oposição, já depositaram o seu voto.
Depois de quase 40 anos de governação nas mãos de Robert Mugabe, mais de cinco milhões de eleitores são chamados a participar nas primeiras presidenciais livres no Zimbabué.
O Presidente é eleito por maioria absoluta e se não for apurado, esta segunda-feira, haverá segunda volta a 8 de setembro.
As sondagens indicam que Emmerson Mnangagwa, de 75 anos, poderá continuar no cargo, que assumiu enquanto novo líder do ZANU-PF, depois da saída forçada de Mugabe, em novembro do ano passado.
Depois de colocar o voto na urna, na cidade de Kwekwe, Mnangagwa foi questionado pelos jornalistas sobre a acusação de Mugabe de que as eleições não seriam livres porque estavam a ser organizadas por um "governo militar".
"Posso assegurar-lhe que este país está a desfrutar da liberdade democrática como nunca no passado", disse Mnangagwa.
A pouca distância nas sondagens está Nelson Chamisa, de 40 anos. O advogado e pastor é o rosto do principal partido da oposição, MDC-T, desde a morte do líder histórico, Morgan Tsvangirai, em fevereiro.
Chamisa, que aperfeiçoou suas habilidades retóricas no tribunal e no púlpito, atraiu eleitores jovens e desempregados frustrado com quase quatro décadas do ZANU-PF.
"A vitória é certa, o povo pronunciou-se", disse Chamisa depois de votar, em Harare, perante uma multidão que o aplaudiu e cantou: "Presidente! Presidente! O Presidente está aqui!".
Na véspera das eleições, o antigo Presidente disse que se sentia traído e que ia votar na oposição. Mnangagwa acusou Robert Mugabe de ter um acordo com o jovem Nelson Chamisa.