As cerimónias funerárias de uma mulher de 65 anos, no final de julho, residente na localidade de Mangina, terão contribuído para desencadear um novo surto de Ébola na República Democrática do Congo, segundo a Organização Mundial de Saúde.
As cerimónias funerárias de uma mulher de 65 anos, no final de julho, residente na localidade de Mangina, terão contribuído para desencadear um novo surto de Ébola na República Democrática do Congo.
"Pensamos que a pessoa foi sepultada sem que o enterro cumprisse as normas de segurança em termos de combate ao Ébola. Sete membros da sua família mais próxima também morreram", explicou Peter Salama, um dos diretores-adjuntos da Organização Mundial de Saúde (OMS), sexta-feira, em conferência de imprensa a partir da sede, em Genebra (Suíça).
"Terá sido este caso que, de facto, fez soar o alarme no final de julho sobre a possibilidade de um novo surto. A mulher exibia um conjunto de sintomas que incluía febre, vómitos e hemorragias", acrescentou.
Os especialistas concluíram, na véspera, que a estirpe de Ébola detetada, desta vez, na província do Kivu do Norte, é a que pode ser prevenida com a vacina da Merck.
O anterior surto, que surgiu em março passado, numa província a 2500 km de distância, foi contido em quatro meses. Morreram 33 pessoas entre a cerca de meia centena de infetados.
As autoridades de saúde locais e os especialistas da OMS estão a explicar às pessoas de Maninga os riscos de deixar espalhar o vírus na localidade, de 60 mil pessoas.
Enquanto isso, o vizinho governo do Uganda montou um posto de controlo na fronteira terrestre com a RD Congo e no seu aeroporto internacional de Entebbe.