Rússia acusou o Senado norte-americano de histeria
A Rússia acusou o Senado norte-americano de histeria, um dia depois de um grupo de republicanos e democratas ter apresentado uma proposta de novas sanções.
A histeria nos últimos dois anos (...) ridiculariza todo o sistema político dos EUA
Porta-voz, Min. Neg. Estrangeiros, Rússia
Em causa está a interferência nas eleições presidenciais que levaram à vitória de Donald Trump.
"A histeria nos últimos dois anos sobre uma alegada interferência russa nas eleições - que nunca aconteceu - não apenas prejudica as relações bilaterais, mas ridiculariza todo o sistema político dos EUA", disse Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, sexta-feira, numa declaração à imprensa.
Apesar de Trump estar apostado em melhorar as relações com o seu homólogo, Vladimir Putin, com quem já teve uma primeira cimeira, há muitas vozes que continuam céticas.
É o caso do diretor do FBI, Christopher Wray, que defende um estado de alerta permanente: “Esta ameaça não vai desaparecer. Como tenho dito, constantemente, a Rússia tentou interferir nas últimas eleições e continua a levar a cabo, até hoje, operações com influência maligna".
"Esta é uma ameaça que devemos levar muito a sério e responder de forma assertiva e determinada", acrescentou.
O projeto de lei inclui restrições a novas transações de dívida soberana russa e a projetos no setor energético.
Estão, ainda, previstas sanções contra figuras da política e economia.
Para entrarem em vigor, as sanções terão de ser aprovadas em plenário e, de seguida, receber a assinatura do presidente Donald Trump.
Nesse caso, serão um dos pacotes mais duros a aplicar contra a Rússia e marcarão um dos pontos mais baixos nas relações entre os antigos inimigos da Guerra Fria.
O golpe seria forte, apesar da Rússia ter uma das mais baixas dívidas do mundo e um aforro de quase meio bilião de dólares americanos em reservas, graças às enormes receitas da exportação de petróleo e gás.