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Presentes a tribunal membros da oposição zimbabueana

Presentes a tribunal membros da oposição zimbabueana
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De Antonio Oliveira E Silva com REUTERS
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Pelo menos 27 pessoas poderão vir a ser formalmente acusadas de incitação à violência, crime punível com até 10 anos de prisão.

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Vários membros do Movimento para a Mudança Democrática (MDC, sigla em inglês), o principal partido da oposição no Zimbuabué apresentaram-se em tribunal, acusados de incitação à violência, no quadro dos protestos que se seguiram às eleições gerais no país da África Austral.

Falta, no entanto, uma acusação formal por parte do Procurador de Harare. De acordo com a agência Reuters, os 27 membros do MDC foram detidos na quinta-feira.

Se condenados, poderão enfrentar uma pena de prisão de até 10 anos.

Os advogados disseram aos jornalistas que todos eram inocentes das acusações e que tudo o que tinham feito era prestar informações acerca dos resultados eleitorais nas províncias onde pertencem.

A Justiça, no entanto, refere a existência de testemunhas, prontas a declarar.

Pelo menos seis pessoas morreram em confrontos entre manifestantes e as forças do Governo, quando o exército assumiu o controlo das ruas do centro de Harare, numa tentativa de controlar os protestos contra a vitória do presidente Emmerson Mnangagwa, do partido União Nacional Africana do Zimbabwe - Frente Patriótica (ZANU-PF, sigla em inglês).

Depois das eleições gerais de segunda-feira passada, tanto o resultado do escrutínio como a reação das autoridades perante os protestos, criaram um clima de tensão e desconfiança em todo o Zimbuabué.

Sexta-feira, o presidente Mnangagwa pediu união aos zimbabueanos, enquanto Nelson Chamisa, o segundo candidato mais votado e líder da oposição, insistiu em que o MDC tinha ganho as eleições.

Foram as primeiras eleições num país devastado por crises económicas sucessivas e por pesadas sanções internacionais, depois de quase quatro décadas de Governo do antigo presidente Robert Mugabe.

O escrutínio era visto como uma tentativa para melhorar a imagem do Zimbuabué, depois de ter sido dirigido por mão de ferro por Robert Mugabe.

A invasão da sede do MDC e a dispersão dos jornalistas antes de uma conferência de imprensa de Nelson Chamisa, na sexta-feira, parecem ter contribuído para o fracasso dessa tentativa de mudança de imagem.

Os observadores internacionais dizem que o escrutínio teve vários problemas, incluindo a cobertura tendenciosa da parte dos media Estatais e atitude pouco claras da parte da ZEC, a comissão eleitoral do Zimbabué.

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