Autarca grego acusa bombeiros

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De  Luis Guita
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O presidente da Câmara de Rafina diz que havia um plano de evacuação atualizado que não foi executado porque o Corpo de Bombeiros nunca deu uma ordem de evacuação. O autarca fala também de muros e vedações ilegais que dificultaram o acesso ao mar.

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Na Grécia, duas semanas após o incêndio mortífero e devastador, enquanto o Governo e as autoridades locais começaram a demitir-se, sobreviventes e parentes das vítimas exigem respostas.

O presidente da Câmara de Rafina, município onde se encontra aproximadamente metade da área atingida pelo incêndio, diz que havia um plano de evacuação atualizado que não foi executado porque o Corpo de Bombeiros nunca deu uma ordem de evacuação.

''Acredito que o corpo de bombeiros é verdadeiramente culpado, e isso é algo que será provado pela investigação. Alguns estão a tentar fugir às responsabilidades, dando a entender que informaram as autoridades locais. Essas alegações não são verdadeiras. Temos todas as provas de que são mentirosos,'' afirmou o presidente da Câmara de Rafina, Vangelis Bournous, em entrevista à Euronews.

O autarca fala também de casas construídas legalmente mas com muros e vedações ilegais, o que dificultou o acesso das pessoas ao mar.

"O crime foi cometido pelas pessoas que construíram casas legais ao longo da estrada costeira. De acordo com a lei, eles construíram legalmente, mas estas autorizações para construir não lhes davam a autorização para construir vedações de qualquer tipo. É por isso que eles construíram hotéis e casas bonitas ao longo da estrada. Se construirmos com estas características nestas áreas, teremos uma tragédia como a que aconteceu," acrescentou o autarca de Rafina.

Pelos menos 90 pessoas perderam vida em consequência dos incêndios de 23 de julho

''O objetivo das autoridades locais e do Governo é restaurar as áreas atingidas pelo fogo dentro de um ano, mas sem os muros e vedações que dificultaram o acesso à praia. Os muros que ainda estão de pé, terão de ser derrubados," revelou a jornalista da Euronews, Fay Doulgkeri.

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