Os bombeiros têm enfrentado dificuldades enormes no combate às chamas por causa da falta de acessos à floresta.
Esta noite ninguém conseguiu dormir na vila de Monchique, situada na região do Algarve, ao sul de Portugal. O incêndio que deflagrou na sexta-feira ao início da tarde, está ainda por extinguir.
Quinze povoações foram já afectadas. Depois da morte de mais de 100 pessoas em dois incêndios no ano passado, as forças de salvamento viram-se impossibilitadas de venturar pela floresta adentro. Os bombeiros têm enfrentado dificuldades enormes no combate às chamas por causa da falta de acessos à floresta.
As autoridades são assim acusadas pela falta de medidas de prevenção de catástrofes como esta, mesmo apesar da tragédia do ano passado e de se saber que a serra de Monchique é uma zona de alto risco.
A população local sente-se perdida à procura de explicação para mais um grande incêndio. O pesadelo é recorrente pois a Serra de Monchique foi afectada por outro grande incêndio há 15 anos, em 2003, quando cerca de 41 mil hectares de floresta foram consumidos pelas chamas e várias casas ficaram reduzidas a cinzas.
Sublinhamos que Portugal enfrenta uma onda de calor nos últimos dois dias, o serviço metereológico nacional declarou que um terço das estáções registaram temperaturas recorde, que atingiram os 46,4 graus centígrados na freguesia de Alvega, em Abrantes, a cerca de 120kms de Lisboa.