Os países vizinhos da Venezuela dificultam cada vez mais a e entrada de migrantes
É difícil permanecer na Venezuela, mas é cada vez mais complicado sair.
O Equador é sobretudo ponto de passagem para os venezuelanos que querem chegar ao Peru, ao Chile ou Argentina, mas mesmo assim apertou o controlo nas fronteiras.
Antes, bastava um cartão de cidadão para entrar no país. A partir deste fim-de-semana, as autoridades equatorianas exigem um passaporte.
A medida apanhou de surpresa os migrantes em fuga. Endry Useche, venezuelano, desabafa: "sinto-me impotente porque cheguei aqui com a expectativa de trabalhar e querer construir uma nova vida e eles fecham-nos a porta desta maneira, pedindo-nos passaportes e documentos. É muito difícil para muitos de nós, porque não os temos, nem temos formas de os arranjar."
As Nações Unidas estimam que 2 milhões e 300 mil venezuelanos saíram do seu país, por causa da crise.
A pressão migratória sente-se em toda a região. A cidade brasileira de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, foi palco de violência e tensão na sequência de vários ataques de brasileiros aos acampamentos de imigrantes venezuelanos.
A governadora do Estado de Roraima voltou a ameaçar com o encerramento da fronteira, ainda que temporário.
A medida já foi decretada em abril, mas anulada pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, por violar os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil.