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Scott Morrison, de rosto de "Fronteiras Soberanas" a primeiro-ministro

Scott Morrison, de rosto de "Fronteiras Soberanas" a primeiro-ministro
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De  João Paulo Godinho
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O novo líder do governo australiano, de 50 anos, foi o responsável pelo lançamento da política de tolerância zero com migrantes no seu país.

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Ambicioso, conservador e cristão evangélico. É este o perfil de Scott Morrison, que tomou hoje posse como novo primeiro ministro da Austrália.

Com 50 anos, Morrison tornou-se o trigésimo líder do governo australiano, depois de Malcolm Turnbull ter liderado o executivo desde 2015. Já o cargo de ajunto e de responsável pelo Tesouro passou para as mãos de Josh Frydenberg, que foi igualmente empossado pelo Governador-geral da Austrália, Sir Peter Cosgrove.

Casado e pai de duas filhas, Scott Morrison - o sexto líder do governo em pouco mais de uma década - subiu ao poder depois de vencer as disputas internas no Partido Liberal, ao bater Peter Dutton, ex-ministro do Interior, e Julie Bishop, ministra dos Negócios Estrangeiros.

Tolerância zero contra migrantes

Morrison conta já no currículo com passagens pelo Tesouro e pelo ministério dos Assuntos Sociais. Porém, foi como ministro da Imigração e Proteção de Fronteiras, entre 2013 e 2014, que iniciou o percurso como governante e ganhou fama pelas políticas restritivas e hostis aos refugiados.

Sob a liderança de Morrison nasceu então a operação "Fronteiras Soberanas". Barcos repletos de migrantes passam a ser recusados e quem pede asilo é conduzido para centros remotos de detenção na Papua Nova Guiné, Ilha de Manus ou em Nauru.

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Já os refugiados que conseguem escapar ao controlo e alcançar a costa australiana enfrentam o mesmo destino.

Esta política reduziu o número de migrantes a entrar no país, mas acaba por dividir a opinião pública. A reputação internacional do país sai também danificada, à medida que organizações de direitos humanos soam o alarme perante a intransigência australiana.

A Amnistia Internacional chama a estes centros de detenção verdadeiras prisões a céu aberto. Para a ONG, o tratamento que estes homens e mulheres privados de liberdade têm chega mesmo a aproximar-se de tortura.

Desde 1996 e da chegada ao poder de uma coligação conservadora, a Austrália não parou de endurecer a sua política de imigração, uma política para a qual o Partido Trabalhista também contribuiu.

Esta política australiana de tolerância zero é agora um exemplo a ser seguido pelo ministro italiano do Interior, Matteo Salvini.

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