Movimento pretende responder ao crescimento do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), a principal força de oposição no Parlamento, dominado pelo discurso anti-imigração, e ao impacto sobre o "Die Linke"
"Levantar-se", em nome de uma mudança política na Alemanha. É o lema do movimento de esquerda "Aufstehen", apresentado esta terça-feira em Berlim.
Inspira-se em outros movimentos como o "Podemos", em Espanha, ou a "França Insubmissa", de Jean-Luc Mélenchon.
"O que estamos a viver na Alemanha neste momento é uma sólida crise de democracia. Muitas pessoas não se sentem representadas pelos nossos políticos, pelo Governo, pela política. Sentem-se passadas para trás, abandonadas", sublinhou, em conferência de imprensa, Sahra Wagenknecht, deputada do partido de esquerda "Die Linke" e uma das fundadoras do "Aufstehen."
O movimento interpartidário pretende encorajar "as pessoas que não se sentem bem em nenhum partido a agir", sem que para isso tenham de abandonar as respetivas formações.
"O nosso objetivo é mudar os partidos. Apresentámos uma agenda. Se esta se puder tornar numa agenda comum para os partidos que lutam pela liderança, penso que podemos ganhar novas maiorias e ter um Governo diferente", acrescentou Sahra Wagenknecht.
Movimento assumido e não um partido, o "Aufstehen" já conseguiu atrair mais de 100 mil apoiantes. Entre eles, o também fundador e marido de Sahra Wagenknecht, Oskar Lafonataine. No passado abandonou os sociais-democratas para fundar o "Die Linke."