Amnistia Internacional condena detenção com vista à expulsão sete docentes turcos ligados ao clérigo turco Fetullah Gülen, acusado por Ancara de estar por trás do golpe falhado de 2016
A Amnistia Internacional denunciou a decisão da Moldávia de deter com vista à expulsão sete docentes turcos. Os indivíduos em questão trabalhavam para uma rede de escolas associadas ao clérigo turco Fetullah Gülen, que vive exilado nos Estados Unidos e que Ancara considera como o "cérebro" do golpe falhado de 2016 na Turquia.
Um próximo dos docentes afirmou que as detenções foram feitas a pedido de Ancara. A Amnistia Internacional considera que fazem parte da campanha de represálias das autoridades turcas contra cidadãos opostos ao regime de Recep Tayyip Erdogan que vivem no estrangeiro.
As autoridades moldavas, que não precisaram a nacionalidade dos detidos, disseram apenas que representavam uma ameaça para a segurança nacional.
O comissário europeu Johannes Hahn apelou ao governo moldavo para respeitar o Estado de Direito e os procedimentos judiciais.
O advogado de um dos detidos disse não conhecer o seu paradeiro atual.
A Turquia tem pressionado vários países para deportarem indivíduos ligados a escolas financiadas por Gülen, cujo movimento é considerado por Ancara como uma organização terrorista.