Impasse na Suécia com subida da extrema-direita

Impasse na Suécia com subida da extrema-direita
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De  Ricardo Figueira
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Os Social-Democratas ficaram à frente nas legislativas, mas sem uma clara maioria.

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O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, vai, muito provavelmente, continuar no cargo, mas a tarefa de governar vai ser mais difícil, a partir de agora, com uma entrada em força da extrema-direita a desequilibrar o tabuleiro político. Os Social-Democratas de Löfven, à frente da coligação de centro-esquerda no governo, foram o partido mais votado, mas o líder mostrou-se desiludido: "Estou, com certeza, desapontado que um partido que tem raízes no nazismo consiga um ganho tão grande nos nossos dias", disse.

Esse partido é o dos **Democratas Suecos **que, apesar do nome, é considerado pouco democrático - eurocético, anti-imigração e com tendências xenófobas. O SD conseguiu crescer bastante, em relação às últimas eleições. O líder, Jimmie Åkesson, quer fazer parte do governo: "Claramente, a estratégia dos outros partidos é excluir-nos de qualquer influência. Convido Ulf Kristersson, dos Moderados, a ter uma conversa comigo sobre como governar este país no futuro".

Os Social-Democratas ficaram à frente, com 28,4% dos votos e os Moderados, partido histórico do centro-direita, em segundo com 19,8%. Os Democratas Suecos são agora a terceira força política do país, ao terem conseguido 17,6%. Em termos de alianças, o centro-esquerda fica só muito ligeiramente à frente do centro-direita.

Apesar das ambições de Jimmie Åkesson, tanto os Social-Democratas como os Moderados rejeitam fazer acordos de governo com a extrema-direita.

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