Brexit: governador do Banco de Inglaterra alerta governo de Theresa May para o pior

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No setor imobiliário os preços poderão caír cerca de um terço e o desemprego poderá atingir mais de 10%.

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Faz amanhã dez anos que o banco Lehman Brothers entrou em falência, uma data que é vista por muitos como o auge da crise financeira de 2008.

Esse foi o espectro usado pelo governador do Banco de Inglaterra Mark Carney numa reunião a porta fechada de três horas e meia em Downing Street com o plenário dos membros do governo de Theresa May, onde alertou para a necessidade de planos de contingência para o caso de um brexit sem acordo.

A primeira-ministra britânica requereu uma exposição dos efeitos financeiros de uma eventual saída da União Europeia sem acordo ao Banco de Inglaterra, que concluíu recentemente uma série de testes de stress aos bancos do país.

Mark Carney revelou que no setor imobiliário os preços poderão caír cerca de um terço no espaço de três anos, o desemprego poderá atingir mais de 10%, os preços irão aumentar e as taxas de juro irão subir. Um cenário catastrófico depois de dez anos de recuperação da crise financeira de 2008.

A linha-dura do governo a favor do brexit, que tem acusado o governador do Banco de Inglaterra de propagar o medo, aceitou desta vez os resultados apresentados por Mark Carney, ao contrário do ministro do Interior Sajid Javid e do ministro da Saúde Matt Hancock, que puseram em causa as previsões do Banco de Inglaterra.

Curiosamente, os dois membros do executivo de Theresa May são apontados como possíveis candidatos à liderança do partido no caso da primeira-ministra ser afastada.

Por sua vez, o governador do Banco de Inglaterra insistiu que os planos de contingência são fundamentais pois, tal como afirmou no verão, a probabilidade de não haver acordo é demasiado alta.

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