Tudo indica que os planos de Chequers têm os dias contados.
Theresa May deixou hoje o nº 10 de Downing Street com o seu executivo e os seus planos de Chequers num colete de salva-vidas.
A mudança de tom de Michel Barnier nas últimas semanas fazia crer que a próxima reunião em Salzburgo seria um sucesso mas a União Europeia condenou claramente as propostas.
Num documentário da BBC no início da semana aos bastidores das preparações para a cimeira informal de Salzburgo, o assessor da primeira-ministra para o brexit Olly Robbins é ouvido a afirmar que os planos de Chequers mudaram o jogo das negociações e que este está a ser bem recebido pelos estados-membros.
Por seu lado, a primeira ministra tinha afirmado que a sua estratégia de digressão europeia no verão para contactos bilaterais independentes do processo liderado por Michel Barnier tinha sido bem sucedida.
Mas a realidade provou ser outra. Depois da cimeira informal de Salzburgo, o governo de Theresa May "está por um fio". De entre os estados-membros o único apoio para os planos de Chequers foi oferecido pelo primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, que está isolado a nível europeu devido ao seu extremismo e à da ativação do processo sancionatório pelo parlamento europeu por violações do Estado de Direito
Tudo indica que os planos de Chequers têm os dias contados. Mas falta chamar agora o sacerdote para o último sacramento.