Ouvir Olajumoke descrever a diferença entre "ter" e "ser" é uma experiência comovente. Principalmente porque esta família da Nigéria ficou quase sem nada depois de sobreviver à travessia da Líbia para chegar à Europa.
Ouvir Olajumoke descrever a diferença entre "ter" e "ser" é uma experiência comovente. Principalmente porque esta família da Nigéria ficou quase sem nada depois de sobreviver à travessia da Líbia para chegar à Europa. Agora começam tudo de novo, mas estão gratos por isso.
“Temos boas acomodações, alimentação. Não nos falta nada", disse Oluwaseyi Adeniran, requerente de asilo da Nigéria. A família mora num humilde, mas confortável apartamento perto do centro de Valência fornecido por uma ONG, enquanto o pedido de asilo é processado.
Para aqueles que ajudam os recém-chegados, oferecer-lhes uma oportunidade de vida na Europa envolve integrá-los na sociedade - e esse é o verdadeiro desafio.
Não só precisamos de salvar as suas vidas, como devemos dar um passo em frente e aprender como podemos viver juntos. E é aí que podemos enfrentar dificuldades, porque cada pessoa é seu próprio mundo... E, em Espanha, como em qualquer outro país, é preciso trabalhar certos aspetos, para sensibilizar as pessoas de que somos todos iguais e que a diversidade nos enriquece”, disse Marta Albiol, da ACCEM.
Nem todos concordam que a Europa vai beneficiar com a diversidade que os migrantes e refugiados trazem para o continente, mas entre aqueles que chegam há alguns determinados a conseguir uma oportunidade, para contribuir para uma Europa melhor.
Olajumoke Ajayi, requerente de asilo da Nigéria diz que: “gostaria de me juntar aos grupos humanitários. Gostaria de trabalhar para a ONU, apoiar a Caritas, ou outras organizações porque conheço mais pessoas - mesmo daqui a 10 anos - outras pessoas vão estar no meu lugar. No lugar onde estou hoje. Gostaria de ajudar o governo a ajudar as pessoas sem esperança”.
Se esta refugiada vai poder dar algo em troca à Europa vai depender se a Europa a aceita a ela e à família primeiro.