Ralph Brinkhaus vence liderança do grupo parlamentar CDU-CSU

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Nova derrota para Angela Merkel.

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Apesar de ter o apoio de Angela Merkel, o líder da bancada parlamentar conservadora Volker Kauder, um dos mais fiéis aliados da chanceler alemã no partido, foi afastado a favor do concorrente Ralph Brinkhaus, que reuníu 60% dos votos na eleição para a renovação do cargo realizada ontem.

Ao fim de anos a remar contra ventos e marés, este é um golpe sério para a liderança do bloco conservador por parte de Angela Merkel. A chanceler tinha expressado claramente a sua preferência por Volker Kauder e apelado ao partido que apoiasse a sua re-eleição. Assim, a sua derrota é interpretada pela imprensa e pela oposição como uma derrota para a chanceler e como o início do fim da era Merkel.

É cedo para julgar se o vencedor representa uma ameaça, pois o novo líder parlamentar não tem um cadastro de oposição à chanceler e afirmou estar pronto a trabalhar com ela.

Mas o facto é que Merkel perdeu um aliado próximo e o futuro da colaboração com Ralph Brinkhaus é incerto.

Este tem sido um ano difícil para Angela Merkel. Para além do confronto com o líder da CSU e ministro do Interior, Horst Seehofer, sobre a política de migração, na semana passada a chanceler teve mais um revés com o escândalo do chefe dos serviços secretos internos, Hans-Georg Maassen, e as suas ligações ao partido populista de extrema-direita Alternativa para a Alemanha.

Angela Merkel está no seu quarto mandato e foi muitas vezes alvo de críticas no passado por não dar voz a uma nova geração de membros do partido. Isso poderá agora mudar e uma dessas novas vozes poderá ser a de Annegret Kramp-Karrenbauer, secretária-geral do partido e colaboradora fiél da chanceler, que é apontada como favorita para a liderança dos conservadores. Outros dos nomes que se ouvem é o da ministra da defesa, Ursula von der Leyen, com quem a chanceler tem também uma estreita colaboração.

Mas há outros candidatos preferidos pelo adversários da chanceler para a liderança do partido. Um dos nomes apontados é o do jovem e ambicioso ministro da Saúde, Jens Spahn, um dos maíores críticos da chanceler no que diz respeito à sua política para a migração.

No seu quarto mandato, a chanceler tem ainda três anos para governar antes de decidir o futuro dos conservadores alemães.

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