Mulheres aos milhares contra Bolsonaro

Mulheres aos milhares contra Bolsonaro
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De  Antonio Oliveira E Silva com LUSA e AGÊNCIA BRASIL
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Protestos do movimento #EleNão encheram principais cidades brasileiras e chegaram a Lisboa, Londres, Paris e Nova Iorque. Dirigidas por mulheres, manifestações denunciaram intolerância no Brasil e rejeitaram um futuro com Jair Bolsonaro como presidente.

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Foram milhares as pessoas que participaram nos protestos contra a intolerência no Brasil e contra a possível eleição do candidato Jair Bolsonaro como presidente da República nas eleições de outubro.

Promovidos por grupos de defesa dos Direitos das Mulheres via redes sociais em conjunto com o movimento conhecido como #EleNão, os protestos contaram com o apoio de grupos da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero), de defesa dos Direitos dos Afrobrasileiros, assim como de vários movimentos sociais, artistas e militantes de partidos políticos.

No Rio de Janeiro não foi divulgada uma estimativa oficial do número de manifestantes. A organização das manifestações, que tiveram lugar no centro da cidade, perto da Cinelândia, falaram em 200 mil participantes.

Em São Paulo, os organizadores referiam 500 mil pessoas no Largo da Batata e durante uma caminhada até a Avenida Paulista, zona tradicionalmente palco de grandes manifestações na cidade.

Um protesto além-fronteiras

Os protestos contra Jair Bolsonaro, o candidato populista, que muitos analistas não duvidam em definir como de extrema-direita, tiveram lugar em dezenas de cidades brasileiras, mas também noutros países, como Portugal, França, Reino Unido e Estados Unidos.

Em Lisboa e em Paris, brasileiros e cidadãos locais uniram vozes contra o que disseram ser "um ataque contra a democracia brasileira." Em resposta ao movimento, apoiantes do candidato também realizaram eventos de apoio em 27 cidades brasileiras.

Um candidato antagonista

Candidato à Presidência do Brasil pelo Partido Social Liberal (PSL), Bolsonaro tem despertado a oposição de parte da sociedade brasileira.

É acusado de discursos de cunho machista, homofóbico, racista, contra minorias e a favor do uso da violência indiscriminada para combater a criminalidade.

Bolsonaro lidera a corrida eleitoral com 28% das intenções de votos uma semana antes da primeira volta da eleição presidencial que acontecerá no dia 7 de outubro, mas é também o candidato com maior rejeição entre os eleitores.

A última sondagem divulgada pelo Datafolha, 46% dos brasileiros disseram que não votariam em Bolsonaro de maneira nenhuma.

Esta oposição chega a atingir 52% entre as mulheres, que representam a maioria do eleitorado no Brasil.

A alta taxa de rejeição das mulheres em relação Bolsonaro, cujo voto pode ser a chave nas eleições, tem sido usada como uma arma pelos seus adversários.

Editor de vídeo • Antonio Oliveira E Silva

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