Morreu Charles Aznavour

Morreu Charles Aznavour
Direitos de autor 
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Considerado um dos símbolos gauleses, pós Segunda Guerra Mundial, Aznavour compôs mais de 1400 canções e vendeu mais de 100 milhões de discos em mais de 80 países. Foi o cantor francês compôs o tema Aïe mourrir pour toi, imortalizado pela fadista Amália Rodrigues.

PUBLICIDADE

Morreu Charles Aznavour.

De acordo com a porta-voz do artista, o cantor francês faleceu esta segunda-feira, na sua residência no sul de França. Tinha 94 anos.

Considerado um dos símbolos gauleses, pós Segunda Guerra Mundial, Aznavour compôs mais de 1400 canções e vendeu mais de 100 milhões de discos em mais de 80 países.

O cantor deu voz a canções icónicas como La bohème, She, Il faut savoir ou Hier encore.

Ao longo da sua prolífica carreira, Charles Aznavour dividiu os palcos com Edith Piaf, Charles Trenet ou Yves Montand. Foi o cantor francês compôs o tema Aïe! Mourrir pour toi, imortalizado pela fadista Amália Rodrigues.

Charles Aznavour recebeu a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores em 2008 e atuou, pela última vez em Portugal em 2016.

A Carreira

Charles Aznavour nasceu a 22 de maio de 1924 numa família de artistas de origem arménia, o pai foi barítono e a mãe, atriz, que se encontrava na época em Paris, à espera do visto.

Charles Aznavour iniciou a carreira em 1946, pela mão da mítica Edith Piaf, mas só se profissionalizou realmente em 1960. Nessa década escreveu e interpretou algumas das suas canções mais conhecidas, como, _A mamm_a, Et pourtant (1963) For me formidable (1964) Que c'est triste Venise (1964) La Boheme (1965) ou Emmenez-moi (1967).

Aznavour ficou consagrado como estrela da canção francesa no mundo. As canções, eram esquissos do quotidiano, fragmentos de vida, seduzia tanto em Las Vegas como em Moscovo.

Mas o artista também era um homem solidário. Depois do terramoto que abalou a Arménia em 1988, criou uma associação para ajudar os sobreviventes. Ao longo da vida ajudou os órfãos do país de origem.

Em 1994 viajou para Nagorno Karabach com toneladas de alimentos e de medicamentos para os refugiados do conflito, e doou mais de meio milhão de euros para a construção do hospital ortopédico de Yerebuli.

Esteve presente, em 2006, durante as cerimónias em memória de genocídio arménio perpetrado, em 1915, pelo Império Otomano e interpretou Ave María no monumento aos mártires arménios em Ereván, em presença do Papa João Paulo II.

Em 2008, o cantor francês foi nomeado cidadão arménio e, um ano depois, embaixador da Arménia na Suíça e representante permanente da Arménia na Organização das Nações Unidas, em Genebra.

O presidente francês, Jacques Chirac, reconheceu a sua estatura de embaixador da canção francesa no mundo, e nomeou-o Oficial da Legião de Honra em 1997. Mas são principalmente os seus pares que lhe rendem homenagem e reconhecem a sua grandeza, como foi o caso de Júlio Iglésias.

"É talvez o melhor artista de pop do continente europeu", afirmou o cantor espanhol.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Centenas de milhar de pessoas ocupam Bayonne com o arranque das festas

Festival internacional de papagaios voadores regressa à praia do Norte de Itália

Abertura da Bienal de Veneza marcada pelas guerras