Mulheres trabalham mais mas ganham menos que os homens na UE

Mulheres trabalham mais mas ganham menos que os homens na UE
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De  Ana LAZARO
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Estudo da OXFAM revela que para conseguirem o mesmo dinheiro por ano que os homens, mulheres têm de trabalhar mais dois meses.

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Os anos passam mas as desigualdades nos salários entre homens e mulheres mantém-se.

Um estudo da OXFAM sobre as mulheres e a pobreza laboral na Europa, revela que elas continuam a receber menos que os homens pelo mesmo trabalho e são a maioria em empregos com baixa remuneração.

E muitas trabalham em situações precárias, como conta Rafaela Pimentel, empregada doméstica dominicana.

"O tema das contribuições para a Segurança Social é, para nós, um dos mais sangrentos em termos de violação dos direitos humanos. Como é que uma pessoa pode trabalhar sem ter direito a um apoio social caso precise, sem ter direito a folgas ou férias?"

Na União Europeia, uma mulher tem de trabalhar em média mais 59 dias, ou seja, mais dois meses por ano para ganhar o mesmo dinheiro que um homem.

E segundo este estudo da OXFAM, uma mulher tem quase o dobro das chances do que um homem de ganhar apenas o salário mínimo do país onde vivem.

Ana Claver, uma das autoras do estudo, diz que o motivo está ligado ao papel que a sociedade ainda hoje atribui à mulher.

"Estas normas sociais são as que continuam a fazer com que as mulheres se concentrem em determinados setores do trabalho, em determinados empregos, e que sejam a maioria em formas de emprego atípico como o trabalho a tempo parcial. Isto porque continuam a ser a maioria a fazer os trabalhos não remunerados em casa."

No relatório, esta organização internacional explica ainda que as mulheres são quase que empurradas para trabalhar nos setores da restauração, limpeza ou cuidados de saúde que, grande maioria, são mal remunerados.

Nome do jornalista • Ricardo Borges de Carvalho

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