Milhares de franceses marcharam, este sábado, pelo centro de Paris contra as alterações climáticas.
Milhares de franceses marcharam, este sábado, pelo centro de Paris contra as alterações climáticas. "Mudemos o sistema, não o clima" e "Ainda estamos a tempo" eram algumas das palavras de ordem enquanto outros questionavam se é normal, a 13 de outubro, ainda fazerem 27 graus.
O protesto acontece depois da publicação de um relatório, por um Painel Intergovernamental da ONU, que alerta que a eliminação gradual do carvão, até 2050, é crucial para limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius.
"É entre hoje e 2030 que tudo se joga, não é em 2050! Porque em 2050, aqueles que tomam as decisões hoje, não estarão lá, não terão de prestar contas. É entre hoje e 2030, porque hoje os que estão no poder podem tomar as decisões necessárias para salvar o planeta"explica Yamina Saeb, perita em política energética, e residente na capital francesa.
"É preciso tomar decisões e, em particular, sobre o orçamento destinado às energias renováveis e à transição ecológica. O dinheiro para isso existe, está nos bancos, nas poupanças dos franceses, que hoje são usadas para a energia fóssil, por isso a prioridade é utilizar esse dinheiro para a transição energética", adianta Vincent Gay membro da ATTAC, Associação para os impostos sobre as transações financeiras e ação dos cidadãos.
Os protestos estenderam-se a outras cidades francesas e a outras europeias, de acordo com os organizadores, entre elas Genebra, Luxemburgo, Montreal e Montevidéu.