Comissão Europeia enviou uma carta a Roma a pedir esclarecimentos sobre a derrapagem do défice sem precedentes na história do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
À margem desta cimeira, o orçamento italiano foi motivo de preocupação em Bruxelas. A Comissão Europeia enviou uma carta a Roma, onde diz que a derrapagem orçamental prevista no documento não tem precedentes na história do pacto de estabilidade e crescimento.
O Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, desmente que estejam a ser duros com o executivo italiano.
"Fomos simpáticos, suaves e positivos. Porque a Itália é a Itália"
O anterior governo previa um défice de 0,8 por cento para o próximo ano, o executivo de Giuseppe Conte diz que afinal vai ser o triplo, 2,4%.
"A Itália goza de boa saúde, apesar de termos consciência da tensão nos mercados financeiros, mas os alicerces da economia italiana são muito fortes. Só podemos esperar que haja um caminho de verdadeira abertura ao diálogo".
O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, diz que o envio da carta é apenas o início de um processo de esclarecimentos.
Itália que esteve também em destaque na questão da segurança. Os líderes europeus queriam aumentar as sanções à Rússia devido aos ataques cibernéticos revelados este mês, mas Roma forçou o adiamento desta tomada de posição conjunta contra Moscovo.
Nesta cimeira, os líderes europeus aprovaram também uma nova parceria com África. E sobre as migrações, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou o reforço da cooperação com Marrocos para combater o fluxo migratório no Mediterrâneo Ocidental.