Governo de Ancara diz ter evidências que só irão partilhar no fim da investigação
As autoridades turcas iniciaram buscas numa floresta perto de Istambul para encontrar Jamal Khashoggi, o jornalista que terá sido assassinado no consulado saudita. A informação já foi oficializada pelo governo de Erdogan.
"Temos algumas informações (...) e só vamos partilhar tudo depois de um resultado muito claro."
ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia
A investigação avança de dia para dia. Esta quinta-feira, peritos turcos fizeram buscas na casa do cônsul saudita em Istambul. Esta Sexta-feira, o governo turco, em conferência de imprensa, admitiu ter provas que só irá revelar depois da investigação estar concluída.
"Temos algumas informações e evidências disponíveis da investigação, mas só vamos partilhar tudo isso com o mundo depois de um rresultado muito claro surgir.", admitiu Mevlut Cavusoglu, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco.
"O mundo inteiro está, compreensivelmente, curioso sobre o que aconteceu com Khashoggi e como tudo aconteceu.", concluiu o ministro.
Jamal Khashoggi estava exilado nos EUA, é um conhecido crítico do regime da Arábia Saudita, especialmente do Príncipe herdeiro Mohammad bin Salman.
Foi filmado, pelas camêras de vigilância, a entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul e nunca mais foi visto. Acredita-se que tenha sido morto dentro do edifício do consulado e que tenha sido esquartejado depois de morrer.
Riade, aliada dos EUA, nega qualquer envolvimento na morte.
Os EUA já pediram a Ancara a divulgação de todas as provas do caso.